Clínica: Terceira Idade / Idosos
A Avaliação Psicológica Clínica na Terceira Idade tem por finalidade investigar a eficiência das Funções Mentais em suas manifestações afetivas, cognitivas e comportamentais, envolvidas em um período em que a diminuição das atividades do organismo acabam por refletir nas condições gerais de saúde e, consequentemente, na qualidade do funcionamento neural e psicológico.
Igualmente conhecida como Avaliação do Declínio Cognitivo, este tipo de exame busca, essencialmente, contribuir com o diagnóstico diferencial das patologias envolvidas em sintomas que afetam o desempenho cognitivo e as atividades da vida diária, ao realizar apontamentos sobre os distintos graus de comprometimento intelectivo e comportamental que cada síndrome costuma manifestar, avaliando a respectiva evolução do quadro e as possíveis áreas corticais prejudicadas, dando suporte para definir a presença e/ou intensidade de condições neurodegenerativas e dos seus prejuízos funcionais.
Com foco neste ciclo etário em que se é esperado um percurso de maior fragilização na saúde e vivências que carregam profundas cargas afetivas, propõe-se um modelo de atendimento que valida a experiência subjetiva de quem possui um longo registro de vida, promovendo uma escuta parcimoniosa, que acolhe suas vicissitudes, ao tempo que se utiliza um acervo de instrumentos técnicos que respondem o estado mental, auxiliando a discriminar:
- Transtornos Afetivos - o quanto influenciam a autoestima, a autonomia e se estão afetando o desempenho cognitivo, podendo, por vezes, simular sintomas demenciais em tipos depressivos e ansiosos mais debilitantes.
- Condições Demenciais - se existem prejuízos cognitivos em curso, qual seu grau de intensidade e a que possíveis quadros neurodegenerativos podem estar relacionados.
- Acidente Vascular Cerebral (AVC) - quais funções mentais foram mais afetadas, seus níveis de comprometimento e como está a evolução do quadro.
- Fatores Protetivos - quais áreas da sua vida contribuem com a melhora de sintomas e quais funções mentais, quando estimuladas, podem contrabalancear prejuízos.
Desse modo, reunindo as informações necessárias para discernir cada uma dessas condições clínicas em particular, permite-se um olhar próximo à realidade do que o Idoso vem vivendo, facilitando a identificação da natureza do seu caso e o planejamento de qual melhor terapêutica pode lhe atender, de maneira que possa ser sentida em sua qualidade de vida e na daqueles que estão em seu convívio (família, cuidadores, amigos).