Clínica: Infantojuvenil
A Avaliação Psicológica Clínica Infantojuvenil tem a finalidade de averiguar o comportamento, a cognição e a expressão emocional de crianças e adolescentes, com o objetivo de certificar se as dificuldades apresentadas são compatíveis com transtornos psicoemocionais ou neuropsicológicos, determinando a origem, curso e evolução dos sintomas e conferindo se os problemas podem estar associados a comprometimentos em seu desenvolvimento e/ou a conflitos afetivos.
Como o período da infância e da adolescência é marcado por uma série de processos desenvolvimentais, de amadurecimento emocional, social e das funções cognitivas, esta avaliação procura realizar um atendimento sensível nessa fase que demanda alta compreensão e escuta, fornecendo um ambiente humanizado e protetivo aos seus afetos e composto por um repertório de recursos lúdicos que permite a criança/adolescente demonstrarem espontaneamente a dinâmica de seu mundo interno, abrindo oportunidade para entender o que seus comportamentos e sentimentos comunicam, além de oferecer um amplo número de instrumentos técnicos que asseguram examinar seus desempenhos cognitivos (neuropsicológico) com objetividade e o rastreio de áreas fundamentais deste período de vida:
- Familiar e Social - que trata das relações da criança e do adolescente com seus pares, voltada para entender a estrutura do comportamento no seio familiar e na qualidade da interação social nos demais tipos de relacionamentos (com amigos, na escola).
- Desenvolvimental - que implica se os Marcos do Desenvolvimento estão de acordo com curso esperado do desenvolvimento típico ou se apresentam alterações significativas, que podem estar associadas a dificuldades de adaptação, atrasos no desenvolvimento ou a alguma condição clínica, compatível com Transtornos do Neurodesenvolvimento.
- Escolar ou Acadêmica - que abarca a vida no contexto escolar, discernindo se os comportamentos correspondem a um padrão esperado à atividade acadêmica ou se existem manifestações incomuns e reiteradas que interferem na qualidade do convívio na escola, no rendimento acadêmico e que podem estar associadas a conflitos emocionais ou mesmo a problemas de aprendizagem.
- Fatores Protetivos - correlata a avaliação das boas condições do ambiente da criança/adolescente (rede de amizades, suporte familiar, provisão escolar) ou das características psíquicas positivas (criatividade, empatia, autocontrole, engajamento social) que, ao serem explorados, contribuem para contornar o impacto de problemas, aumentando as chances de sucesso em intervenções e no controle de sintomas.
Dessa forma, ao integrar as informações que residem em cada uma dessas dimensões, é possível ter uma visão compreensiva dos fatores que cercam a vida da criança/adolescente, fornecendo dados importantes a respeito do seu processo desenvolvimental, neuropsicológico e afetivo, a fim de que a integração desses achados sirva de referência para formulação de diagnósticos, sugestão de terapêuticas ou subsidie garantias de direitos, conforme as necessidades mais sensíveis encontradas.