Avaliação psicológica

Clínica: Idade Adulta

A Avaliação Psicológica Clínica na Idade Adulta é um serviço voltado à análise do funcionamento psicológico/neuropsicológico que busca elucidar quais questões relacionadas à infância, desenvolvimento, trabalho e relacionamentos tendem a refletir na formação psíquica e no comportamento atual da pessoa, propondo explicar quais características psicológicas sofreram alterações significativas ao longo do tempo e podem estar associadas a problemas emocionais, dificuldades de adaptação ou até mesmo a transtornos mentais.

Pensando em dar atenção às características individuais de cada pessoa e aos contextos que afetam seus modos de vida, essa avaliação parte de um método conhecido como Psicodiagnóstico, que busca unir a prática da escuta atenta e valorativa de cada história em particular, utilizando uma série de instrumentos que avaliam quais processos mentais e cognitivos levam o indivíduo a estar sob circunstâncias de dificuldades, conciliando três objetivos de avaliação:

  1. o primeiro, voltado para a identificação e formulação de Diagnósticos, procura entender o percurso do cliente, seus limites funcionais e sintomas mais emergentes, ao fazer um mapeamento das funções cognitivas e psicológicas através de instrumentos específicos que auxiliam a se aproximar de sua realidade psíquica. Com o resultado, pode-se ter uma visão dos principais elementos que mobilizam suas dificuldades, conferindo se são compatíveis ou não com quadros de Transtornos em saúde mental. Uma vantagem desse processo, é que o perfil psicológico levantado não só auxilia na busca de sintomas, mas contribui com a identificação de forças intrínsecas que ajudam a pessoa a se estabelecer e contornar problemas.
  2. o segundo objetivo, na esteira clínica de uma atividade mais diagnóstica, tem a premissa de trazer maior clareza a casos em que já existe um diagnóstico realizado por outros profissionais. Ao se tratar de um modelo de avaliação com ênfase na identificação de forças e fraquezas psicológicas, tem-se um trabalho mais voltado ao diagnóstico diferencial, buscando especificidades de quadros pouco definidos ou com características crônicas e refratárias (de resistência terapêutica) que necessitam do discernimento de aspectos neuropsicológicos e da personalidade por vezes envolvidos na continuidade do estado adoecido.
  3. o terceiro vem de um propósito mais próximo do Autoconhecimento. Como o psicodiagnóstico constrói um perfil discriminativo das características da cognição e de competências psicológicas, permite-se um trabalho direcionado às necessidades práticas do cotidiano, pensando a orientação do cliente do quanto isso influencia sua vida ocupacional ou demais áreas pessoais. Por exemplo, ao avaliar a inteligência, pode-se entender o reflexo que suas atribuições produzem em suas distintas performances de trabalho; ou então, ao combinar traços atencionais com de sua personalidade, saber se interferem em sua capacidade de organização e continuidade em tarefas.

Diferente então de apenas realizar o diagnóstico de transtornos, o propósito deste trabalho é o de analisar as principais Dimensões Psíquicas que envolvem os potenciais e dificuldades da pessoa, descrevendo cada aspecto específico e como refletem na qualidade de vida, como um todo.

Por isso, ao reconhecer que as demandas clínicas de saúde mental necessitam de uma escuta atenta e compreensiva em cada história de vida, este tipo de avaliação busca oferecer profundidade na análise da vivência do cliente, se pautando em um método do exame psíquico que vai contemplar essas diferentes áreas do funcionamento mental e cognitivo, a fim de que o detalhamento descritivo dessas características através de um Laudo Psicológico/Neuropsicológico, auxilie a pessoa em seus mais distintos percursos, seja no planejamento de um tratamento mais adequado para seu caso, ou em demais objetivos que possam agregar em seu crescimento pessoal.